Faustino Antunes

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

RELATIVIDADE


Sentindo ainda a brisa da liberdade, apregoada por todo o país neste Sete de Setembro, nos sentimos compelidos a fazer algumas considerações sobre o fato acontecido no ano de 1822. Depois que Einstein nos confundiu com a teoria da relatividade, ficamos sabendo que neste universo onde tudo que acontece foge da nossa vã filosofia, tudo é relativo: o homem olha para o micróbio e o chama de doença, mas na concepção do micróbio, a doença é o homem que o entope de penicilina.
Voltando ao Sete de Setembro, ninguém sabe o que realmente aconteceu naquele momento histórico ás margens do riacho Ipiranga. Uns dizem que o garboso cavalo de D. Pedro não passava de uma mula e que o nosso imperador estava no momento acometido de uma maldita dor de barriga, mas isso não tem a menor importância diante do grito do imperador (que também ninguém sabe se realmente aconteceu). Mas o momento histórico importante era o seguinte: o aconteceu realmente naquele dia? Como eram as relações do Brasil com Portugal? Foi apenas um acordo entre pai e filho, ou foi uma guerra declarada pelo colonizado ao colonizador?
Evidencias nos dizem que houve sim algumas escaramuças, mas nada que possa ser chamado de derramamento de sangue. A própria frase de D. João VI nos deixa dúvidas: ”Se o Brasil se separar de Portugal, antes que seja para ti, que me hás de respeitar, do que para algum desses aventureiros”. O que quis dizer com isso o velho monarca? Recomendou ao filhito que tomasse providencias, pois a separação era inevitável?
Como vemos, a relatividade nos confunde. Se fatos que acontecem hoje, podem ser descritos de varias maneiras, imagine se acontecidos á vários séculos atrás!

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