Faustino Antunes

segunda-feira, 7 de maio de 2012

DE VEZ EM QUANDO, UM POEMA




CANDEEIRO

Da luz do candeeiro.
Uma sombra se desprende
E feito uma gosma antropomorfa
Abraça-me!

E ao me cingir, me absorve
E com minha alma interage
Por osmose me agrega
E me domina!

E meu ente se oferece
Sem relutar, sem peleja,
Numa entrega absoluta
Irreversível.

Mas porque me entrego assim,
A essa força que me doma?
Donde vem, quem é essa sombra,
Tão poderosa?

Vem do infinito insondável,
Fora do tempo e do espaço
E agora vai me levar,
Pro meu lugar!


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