Faustino Antunes

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


SEGURA MINHA MÃO


Segura a minha mão,
Porque eu tenho medo, muito medo.
E não é do homem do saco
E nem do bicho-papão.

Não é o medo da noite
Das sombras, da escuridão.
Nem das bruxas voadoras
Ou da seringa da injeção

Não é medo do ladrão
Nem da cuca, que vem pegar.
Nem de fantasma nem de vampiro
Nem mesmo de assombração

Não é medo do temporal
Nem da chuva ou do trovão
Também não é medo da morte
E do monstro também não

É medo, somente medo.
De encontrar a solidão
Medo de não poder mais
Segurar a tua mão.

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