Faustino Antunes

domingo, 26 de fevereiro de 2012

BONANÇA DA ALMA

Acorde, pois as trevas já se foram,
atormentadas, é o brilho da aurora
É o sorriso reflorindo alegre,
da natureza incerta de quem chora

Venha, são raios d'ouro, são certezas
São nuvens brancas depois do temporal.
Corre e lave as tuas impurezas,
neste bálsamo benéfico e imortal.

Choveu? eu sei, mas já passou
Incrível, mas enfim, tudo acontece
Na tempestade que agora terminou
O bom tempo sorridente permanece

E a suave brisa que te acaricia
o rosto, onde lágrimas rolaram,
aproveita e sussurra em primazia
palavras que com a alma se deparam.

E o sorriso se manifesta altivo
vivendo a alegria da bonança.
Sofrido sim, mas continua vivo
E alimenta uma nova esperança.



Trabalho publicado no livro "Escritores Brasileiros 1985"

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