No multicolorido alucinante
A sociedade inteira rodopia.
O mundo esquecido, a alma amante,
Ao calor sonoro, o mundo desafia.
São almas solitárias que se iludem,
E se procuram, mas ah! Ironia
Próximas sim, mas tão distantes.
E pagam caro, toda sua ousadia.
Se tão perto os corpos se encontram,
Separadas e distantes as almas vão.
É a matéria que se choca loucamente,
E fundida, continua na ilusão.
Rodas vivas, sonoras, coloridas,
Entes mortos – mentira compassada,
Redemoinho que atrai tantas vidas,
E as leva ao encontro do...nada
Mas o nada, não é nada; é tanto!
É a realidade infeliz que sobrevive
É o sorriso que oculta o pranto
E espera uma ilusão que ainda vive
Trabalho publicado em maio de 1977
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