Faustino Antunes

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

É O FIM


C’EST FINI


Descartem vossas mortalhas dilaceradas
Zumbis de plantão.
Não há mais a quem assustar

A realidade mudou. O sonho acabou
A ultima mulher sucumbiu á ultima pedrada
E a turba se esfacelou na areia

O vento parou e com ele, os moinhos.
A água parou e com ela os, monjolos.
O sangue parou e com ele, a vida.

Depois da letra, o ponto.
Depois do grito, o silencio.
Depois do fim, a lagrima.

Não há mais ovos á eclodir
Nem mais sementes á medrar
Nem há vida a pulsar

Somente a fênix teimosa se levanta
E sacode as cinzas
E alça vôo! Está sozinha!


Faustino

Nenhum comentário:

Postar um comentário