Faustino Antunes

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA


Há cento e vinte e um anos atrás, éramos súditos do imperador D. Pedro II, o único monarca das Américas. O nosso governante era um homem muito respeitado e admirado pelas grandes personalidades internacionais da época. Era conhecido como “Príncipe Filosofo” e “Homem de Ciência”, sendo admirado por grandes pensadores, como Darwin e Nietzsche. D. Pedro não aceitava as diferenças raciais, e era favorável á libertação dos escravos, tolerando a escravidão somente para não descontentar as oligarquias agrárias. Mantinha relações de amizade com os grandes expoentes da cultura internacional, como filósofos, cientistas e poetas. Procurava estar presente em todos os eventos culturais, tendo viajado para varias partes do mundo.
Mas aqui no Brasil, a monarquia estava em crise. Finda a guerra do Paraguai, a divida externa havia crescido muito. Abolida a escravidão, os antigos proprietários de escravos exigiam indenizações por terem perdido o seu capital humano. Com o aumento da classe media, havia um grande desejo do povo pela liberdade e pela participação na política e nas tomadas das decisões importantes para os rumos do país. Havia ainda a questão religiosa, com vários bispos da Igreja não aceitando as decisões do imperador, principalmente com relação á maçonaria.
No dia 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, antiga capital do Império, o Marechal Deodoro da Fonseca proclama a republica. Um grande passo para a democracia que passou quase despercebido pela população em geral, como salientou o ministro Aristides Lobo – “A proclamação ocorreu ás vistas de um povo que assistiu a tudo de forma bestializada”.
E depois disto, da proclamação até a chegada de Getulio Vargas, o Brasil foi loteado entre mineiros e paulistas no que foi conhecido como “Republica café com leite”. Mas aí já é outra historia.

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