
CALA
Cala, cala tua baioneta.
E te cala
Porque na calada o inimigo acorda
Sem pudores, sem medo.
E ataca
Cala-te
Para ouvir a voz que não é dita
Cala-te
Àquele que te ataca
E que te mata
Não te fies no escudo enferrujado
Que te defende
Sente a tenaz tão insistente
Que te prende
E te repreende
Porque calado o teu silencio grita
E te condena
Te acusa, te fere, te difama.
Te corrompe e te agride
E sem ter pena!
Se pelos flancos o inimigo ataca
Não o enfrentes
Pra que entendas,
Pra que compreendas que essa fera nasce
Das tuas entranhas!
Faustino
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