Faustino Antunes

segunda-feira, 5 de julho de 2010

HISTÓRIA ORAL - PESQUISA DE CAMPO

O método de se recolher informações por meio de entrevistas com pessoas que vivenciaram algum fato ocorrido, pode-se entender como historia oral. Geralmente os entrevistados são pessoas idosas e é preciso muito tato para se fazer a entrevista. O pesquisador precisa levar em consideração que a memória é seletiva, ou seja, nos lembramos de coisas que tenham nos interessado pessoalmente e mesmo assim a memória pode sofrer alterações com o passar do tempo. Deve-se considerar também que algumas pessoas podem deturpar o que tem a dizer, por motivos pessoais, ora vangloriando ora denegrindo exageradamente o fato relembrado.
A Revista Eletrônica de Enfermagem, no seu site, enfoca que a historia oral tem três funções complementares: registrar relatos, divulgar experiências relevantes e estabelecer vínculos com o imediato, promovendo assim um incentivo á história local e imediata .É uma história vista como alternativa a todas as construções historiográficas baseadas no escrito. Desenvolveu-se á margem da Academia, baseando-se na idéia de que se chega á verdade por meio do testemunho oral. Utilizando-se a história oral, pode-se prestar a diversas abordagens e se mover num terreno interdisciplinar.
O site’” Centro de Memória”” destaca que História Oral é o registro da história da vida de indivíduos que ao focalizar suas memórias pessoais, constroem também uma visão mais concreta da dinâmica do funcionamento das várias etapas da trajetória do grupo social ao qual pertencem. O cientista social não depende somente de textos escritos para estudar o passado.
A história oral apresenta também uma parceria entre o informante e o pesquisador, construída ao longo do trabalho de pesquisa, pelas relações baseadas na confiança mútua, tendo em vista objetivos comuns. Constrói-se assim uma imagem do passado abrangente e dinâmica.
Ao pesquisar os camponeses mexicanos do Estado de Yucatan, Esther Iglesias relata suas experiências com a história oral no mundo rural. Nos mostra que o relato oral não é novidade e tem raízes na própria natureza humana.
Segundo ela, os relatos mesmo nítidos e ordenados, estarão de maneira embaçada na memória do informante e poderão variar de acordo com as condições atuais do mesmo, como a idade, saúde, nível de vida e ainda, o interesse em recordar ou não o fato pesquisado. O relato pode ser um testemunho fiel, desde que seja submetido a outras provas da época.

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