Faustino Antunes

quinta-feira, 8 de julho de 2010

MULHERES NA IDADE MÉDIA

Gravura medieval – a mulher sendo criada a partir de uma costela de Adão



Na Idade Média havia uma grande preocupação com relação ao prazer, principalmente o prazer da carne, e numa época de forte religiosidade, quem acabava levando a culpa era a mulher. Para se ter uma idéia da baixa valorização do sexo feminino, vale recordar uma frase de Arnaud Laufre: “a alma de uma mulher e a alma de uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa”.
Culpadas pelo pecado original, esses maravilhosos seres demoníacos eram a própria personificação do mal. Como a maioria das idéias e dos conceitos era elaborada pelos eclesiásticos, os valores atribuídos ás mulheres oscilavam entre a santidade da Virgem, contrapondo com os pecados da Madalena.
Suscetíveis ás forças malignas eram constantemente citadas nos sermões como sinais de que o demônio vivia presente nos corpos femininos. E com todos esses olhares sobre si, as mulheres tinham que corresponder ao ideal de santidade que lhes eram atribuídos. Viviam em função dos homens, no dia a dia penoso da época. Labutavam nos trabalhos do campo ou nos cuidados com a casa e com os filhos, ou ainda, deixavam-se enclausurar nos refúgios dos conventos a rezar pela absolvição das almas pecadoras.
Poucas mulheres se destacaram nesse grande período conhecido como Idade Média. Algumas rainhas e algumas santas, umas poucas guerreiras. A maioria ficou no anonimato por conta das leis e costumes da época.

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