FOGÃO Á LENHA
Peça imprescindível nas cozinhas rurais há quarenta anos. Era polivalente, pois alem de proporcionar uma alimentação deliciosa, sempre com um saborzinho de bacon, estourávamos pipocas nas suas cinzas, que a mãe chamava de “freiras”. Servia também para acalmar tempestades, pois ali queimávamos os ramos bentos abençoados no domingo de ramos. Nas suas bocas, a chaleira de ferro era presença constante para o café, o chá de arruda para os vermes e até mesmo para o banho de carretilha. Aos domingos não faltava o frango ao molho e de manhã o bolinho de chuchu com café preto. Ao redor, para aproveitar a fumaça abundante que enchia a casa de fuligem, as lingüiças caseiras se defumavam e ás vezes eram assadas no espeto. O registro, na chaminé de manilha, regulava o movimento do fogo. Nas manhãs frias era um ótimo aquecedor de ambiente.
Bom mesmo era acordar cedinho, antes de ir pra escola e sentir o cheirinho delicioso do café sendo preparado.
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