UMA ESTRELA CADENTE
Caiu uma estrela!
Riscou o infinito num fogo morno
Desceu feito floco de neve
E caiu a meus pés
Rescendendo perfume de maracujá!
Surpreso com essa presença insólita
Porque essas criaturas etéreas
Estão sempre tão distantes
E são sempre tão inconstantes
Que, às vezes, penso que não existem
Mas já que chegou, já que veio
Já que teve a ousadia de cair
Amarrei-a com uma fita rubra
Daquelas de antigamente
E guardei-a na caixa de estrelas velhas
Para num futuro bem distante
Quando cair uma chuva bem fininha,
Fazer dela um diadema!
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