Faustino Antunes

segunda-feira, 30 de abril de 2012






UMA ESTRELA CADENTE

Caiu uma estrela!
Riscou o infinito num fogo morno
Desceu feito floco de neve
E caiu a meus pés
Rescendendo perfume de maracujá!

Surpreso com essa presença insólita
Porque essas criaturas etéreas
Estão sempre tão distantes
E são sempre tão inconstantes
Que, às vezes, penso que não existem

Mas já que chegou, já que veio
Já que teve a ousadia de cair
Amarrei-a com uma fita rubra
Daquelas de antigamente

E guardei-a na caixa de estrelas velhas
Para num futuro bem distante
Quando cair uma chuva bem fininha,
Fazer dela um diadema!

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