Faustino Antunes

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


DEMÊNCIA


Se um dia a demência me abraçar,
E o meu olhar se tornar inexpressivo,
Quero que saibam aqueles que eu amo,
Que em algum lugar escondido no meu ser,
Esse amor antigo ainda continua vivo

Embora minhas palavras sejam sem sentido,
E da vida eu parecer ter-me separado,
No meu corpo trêmulo e desordenado,
Uma voz muda falará por mim,
Que mesmo distante ainda estou aqui.

E o meu silencio, com certeza gritará,
Que os momentos de ternura e de carinho,
Estão ainda em algum lugar gravados.
E apesar da minha aparência solitária,
Enquanto eu tiver ao meu lado os que amo,
Em tempo algum eu me sentirei sozinho!

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